Tenho na pele um arrepio,
um dito que foi de ontem
uma palavra que passou sem ficar.
Tenho no ombro os bigodes de um gato
a língua áspera que me consola
os olhos fixos na minha cor.
Nos meus olhos parados
a luz do holofote claro
os mosquitos a rodarem sem destino
o ar quieto, o cheiro a terra molhada… e eu.
Que esta carta te encontre ainda morno, de frente para o mar…
Filipa Rodrigues
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
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1 comentário:
Uma delícia!
Estas palavras que passam e ficam, leves e soltas cheias de tanto!
Muito bom ler as tuas palavras.
Um beijinho.
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