Dos gritos ela nada sabia. Pouco sentia, sempre vigilante, coberta de veludo carmim. Dos pés à cabeça. Brilho e mais brilho. Nuances de tecido e de baton. E vozes, muitas vozes na cabeça.
Dos gritos, que ouvia, ela nada sabia. As pernas carregadas de marcas negras. O ofício a toldar-lhe a razão que restava. No braço, pendurada, uma carteira dourada. Pequena, suficiente, repleta.
Dos seus gritos, que não ouvia, sabia pouco. Pouco de mais para os calar!
Filipa Rodrigues
Dos gritos, que ouvia, ela nada sabia. As pernas carregadas de marcas negras. O ofício a toldar-lhe a razão que restava. No braço, pendurada, uma carteira dourada. Pequena, suficiente, repleta.
Dos seus gritos, que não ouvia, sabia pouco. Pouco de mais para os calar!
Filipa Rodrigues
1 comentário:
Imagens belas de se ver e palavras apaixonantes que me fazem perder por cá!
Esse grito de veludo ouve-se aqui!Magnífico Filipa!
Um abraço daqui...
Enviar um comentário