terça-feira, 12 de junho de 2007

Tempo sem espaço

E fomos embora de repente. E voltamos. E saímos outra vez. E ficou tudo vazio, como se o tempo não tivesse espaço para preencher.
E, às voltas, como que a subir e descer escadas, fizemos buracos no jardim e fechamos tudo com tábuas.
E lemos tudo. E esquecemos os sons da estrada e dos cafés. E quisemos ser e não e voltar a moer grãos de ouro e prata.
E nós… E eles… e ninguém mais solto ou amarrado, ou vivo ou morto!

Longe as palavras que dissemos. Perto os objectos que largamos.
Tudo no início da linha, como sempre!

Filipa Rodrigues

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