terça-feira, 17 de abril de 2007

A sede das ruas vazias

No caminho onde os passos tortos se cansavam, tu dormias enrolado no vento que não descansava. Podias ser só o resto de todas as ruas que visitaste, o resto das palavras que ouviste enquanto passavas incógnito.
No caminho onde os passos tortos se cansavam, foste ligeiro e ávido. Perdido nos paralelos que calcavas sem olhar, solto como animais ferozes.
A sede das ruas vazias.
Filipa Rodrigues

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