quinta-feira, 19 de abril de 2007

ser...apenas ser....

dantes, a solidão vergava-me, mas com o passar dos anos povoei-a com sorrisos, corpos, pequenos gestos que aderem à memória e me dizem que existo, que continuo vivo onde pressinto o coração a arder. é o ouro que se ganha quando se aprendeu a estar sozinho, tem-se tudo e não se possui nada. o que restava da memória foi partilhado ou foi abandonado para sempre. tudo está constantemente presente e vibra sob a luminosidade imperceptível de ser eterno na fracção de segundo.
In, O Medo, Al Berto

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